sábado, 19 de janeiro de 2008

AROMAS


Aromas da minha planície...
Cheiros que me invadem os sentidos
Saudades que apertam o coração
Cânticos que entoam no ar
Vindos de searas novas...
Esperança de colher o pão
O suor escorre nos seus rostos
Neles, não há lugar para desgostos.
Ai! Terra abençoada que me viste nascer
Alentejo, de mouras encantadas
De ti saiu a alvorada...
Desta terra amordaçada.
De corpos curvados pelo cansaço
Nas margens do meu Guadiana melaço
Avistei terras semeadas de novo
Trigo, centeio e cevada... todo um povo!
Colhi papoilas, malmequeres e jasmins
No meu regaço braçadas de alecrim
Inspirei aqueles aromas de estrumes
Senti- me a pairar...
Naquela terra de brandos costumes!